quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Processo de Trabalho


No nosso trabalho em grupo, colocamos como palavra-chave "DESLOCAMENTOS". Tínhamos a ideia de trabalhá-lo em diferentes vertentes, contando histórias de pessoas que viajam todos os dias para a UFABC, muitas vezes de distâncias bem grandes, há também pessoas que se mudaram e vivem em repúblicas, outros que vivem sozinhos ou em pensionatos. Há também pessoas que são do BC&T e pegaram matérias de BCH, ou os que trocaram de curso. Há casos de pessoas que mudaram de faculdade, ou os que tiveram experiências com intercâmbio, por exemplo. 

A atual conjuntura da sociedade nos faz viver de forma mais rápida, e como colocado por Bauman "nossa atual condição sociocultural, marcada por infinitas possibilidades de escolhas". A UFABC, por exemplo, é um lugar cheio de escolhas diferentes, o projeto interdisciplinar nos permite vivenciar disciplinas diferentes dos cursos tradicionais, e isso vai moldando o profissional que esperamos nos tornar. 
Ao longo do quadrimestre, buscamos por vários relatos, e encontramos histórias muito interessantes, que podemos acabar nos espelhando e encontrando semelhanças, ou admirando e aceitando as diferenças. 

Ainda com Bauman, temos a utilização do conceito "Modernidade líquida" , onde não há solidez nem durabilidade, há também a grande promoção das redes sociais, e podemos ver isso nesta disciplina em que utilizamos a comunicação virtual para o planejamento do trabalho e para visualização de outros.  Ultrapassamos diferentes fronteiras de território e dos "eus". Estamos no mundo acadêmico, no mundo dos amigos, entidades, pesquisas, projetos, no mundo virtual e somos diferentes pessoas em cada um deles. Vivemos nos deslocando de decisões, de momentos.


Mais relatos que estão expostos no nosso cartaz:
 Diariamente me desloco de SP para SBC e gasto cerca de 2 horas nesse percurso. 
Minhas terças-feiras são os meus dias mais puxados, pois chego às 7:30 para as aulas da 
manhã e saio às 23 por conta das aulas noturnas. Esse processo é muito desgastante, mas o 
fato de poder encontrar pessoas maravilhosas da UFABC já compensa.


Inicialmente matriculado no noturno, acabei vindo para o período da manhã. O espaço
é o mesmo, as disciplinas, códigos, estruturas e instituições também; porém a experiência é
completamente diferente. Os agentes humanos fazem o lugar, os do noturno costumam ser
mais velhos e maduros do que os do matutino. Sinto uma maior receptividade no período da
noite, de manhã há grupos muito bem determinados.





























quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Relatos de alunos da UFABC

-No meu dia-a-dia faço muito deslocamentos. Entre casa e trabalho, trabalho e faculdade, faculdade e casa e frequentemente por causa do trabalho faço muitos intercâmbio entre cidades. Da mesma forma que me desloco fisicamente posso dizer que o meu “eu” também se desloca, pois cada ambiente mesmo sendo a mesma pessoa, minha identidade e características são diferentes, assim como o que levo de um lugar, minha “bagagem intelectual” é diferente. Ora sou estudante, ora sou filha da Cida, ora sou educadora social, ora sou passageira de um ônibus qualquer. Acredito que ao nos deslocarmos fisicamente também deslocamos também todo nosso mundo subjetivo.

-Quando entrei na UFABC não me deslocava, tralhava em São Bernardo e meu trajeto era São Bernardo – casa. Porém, após sair do trampo me juntei a diversos projetos paralelos pela faculdade. Tais projeto me requisitaram um maior deslocamento para outras cidades tais como Santo André, São Paulo e São Mateus, onde fazemos trabalhos de campo. Tais atividades demandam muito tempo e dedicação, mas eu tenho um apego especial por tais projeto, que me agregam muito experiência prática, e que valoriza mais até do que o diploma em si. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Mudei de cidade e agora?

Relatos de alunos da UFABC sobre mudar de cidade para estudar.

Relato 1:
Desde que entrei na UFABC muitas coisas mudaram na minha vida em vários aspectos Tive que vir morar em São Bernardo (no conhecido “Pombal”) e ficar longe da minha família, deste modo tive que mudar os meus hábitos e me adaptar a novos cenários. Acredito que passei por mudanças tanto internas como externas e ambas foram muito importantes, embora o processo de mudança nunca seja confortável.


Relato 2:
Inicialmente, a expectativa da minha mudança era muito grande diante da enorme possibilidade de ações que uma cidade grande proporciona no meu imaginário de habitante de cidade pequena. Entretanto meu deslocamento foi bem diferente do fetiche criado pela cidade grande. Acabei herdando uma responsabilidade que tinha subestimado. O que por muito tempo enxerguei como um problema proporcionou uma reflexão profunda, não somente da minha nova moradia, como também da antiga moradia e sobre mim mesmo. Esse processo continua acontecendo e me surpreendendo, pois a cada dia algo que eu acreditava ser contínuo era apenas transitório.


A busca de identidade

Todas as pessoas fazem de suas vidas, uma busca constante de uma identidade fixa, procurando a todo o momento um lugar em que elas se encaixem melhor, um local que tenha pessoas que gostem das mesmas coisas que elas, buscam um espaço em que elas estejam confortáveis para serem quem elas são:
Quem elas são? Quem nós somos?
Essas perguntas nos motiva a fazer esse tipo de busca, mas na verdade é uma busca sem fim, ou o fim dela é o início de uma nova busca. Nós vivemos em um período do mundo em que não conseguimos nos estabilizar num ambiente em que estamos acostumados a estar. Vivemos nos deslocando, física e mentalmente.

Não necessariamente isso seja uma coisa ruim, isso nos permite estar sempre fazendo mudanças, nos direcionando para um caminho que nos delineia numa personalidade que sabemos que irá se transformar com o tempo, mas o importante é que temos a possibilidade de retirar de cada fase, o melhor de nós mesmos.